MONOPARENTALIDADE, SÍNDROME DE DOWN E INTERAÇÃO FRATERNAL
UM ESTUDO DE CASO
Palavras-chave:
Relação fraternal, Síndrome de Down, Família monoparentalResumo
As famílias contemporâneas são caracterizadas por diferentes arranjos familiares, dentre eles a família monoparental. Mães e pais solteiros se deparam com dificuldades diferentes daquelas vivenciadas por famílias tradicionais. Em famílias monoparentais com filho com síndrome de Down (SD), é possível que os desafios sejam ainda maiores, podendo interferir na dinâmica das interações familiares. O presente artigo objetivou descrever a interação fraternal de uma díade de irmãos, composta por um irmão com SD e uma irmã com desenvolvimento típico, em uma família monoparental chefiada pela mãe e compará-la aos resultados descritos na literatura acerca da interação entre irmãos, em famílias tradicionais, quando um deles tem SD. Os dados foram coletados na residência da família em três fases, incluindo realização de entrevistas semiestruturadas e gravação em vídeo de três sessões de observação da interação fraternal em situação de atividade livre. Os resultados demonstram que os participantes apresentaram uma percepção positiva da interação fraternal. Durante as sessões de observação, os irmãos se envolveram, principalmente, em atividades lúdicas de forma ‘Conjunta’, com ‘Amistosidade’, ‘Sincronia’, ‘Supervisão’ e ‘Liderança’ da irmã. Não foram encontradas diferenças entre a interação fraternal estabelecida na família monoparental estudada e os dados descritos na literatura acerca da relação entre irmãos em famílias tradicionais em que há um filho com SD. A monoparentalidade, portanto, não parece ter sido um fator que influenciou a estrutura de participação, o conteúdo e a qualidade de interação dos irmãos. Todavia, fazem-se necessários estudos futuros transculturais com amostras maiores e heterogêneas para a melhor compreensão do tema.
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