DESENVOLVIMENTO DE BETÕES DE ULTRA ELEVADO DESEMPENHO PARA FABRICO DE CASCAS

CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES DIFERIDAS E DURABILIDADE

Autores

  • Ana Rodrigues Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)
  • Hugo Costa Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)
  • Ricardo do Carmo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)

Palavras-chave:

Cascas finas, eco-UHPC, teor de cimento, propriedades diferidas, durabilidade

Resumo

Introdução: As cascas finas de betão armado com uma forma livre são uma solução estrutural arquitectónicamente apelativa que pode ser usada para produzir coberturas de grandes áreas. Este tipo de cobertura foi bastante popular nos anos 60, mas foi praticamente abandonado nos anos seguintes devido à morosidade e aos custos associados ao seu processo construtivo. Para contornar estas desvantagens foi criado um consórcio para desenvolver uma solução pré-fabricada mais competitiva. Este projeto envolve várias etapas, tais como, otimização da geometria, estudo das ligações, aplicação do pré-esforço e desenvolvimento de um betão com características muito específicas, pois pretende-se que as cascas sejam finas, duráveis e não tenham armaduras ordinárias de reforço. Objetivo: Este estudo refere-se ao desenvolvimento e caracterização de betões de ultra elevada resistência (UHPC), reforçados com fibras, minimizando o custo e maximizando a sustentabilidade. Metodologia: No processo de otimização da formulação do ecoUHPC procedeu-se à substituição das elevadas dosagens de cimento, características deste tipo de betões, por vários tipos de adições, variou-se as proporções e dimensões dos agregados, de forma a densificar a matriz, e variou-se ainda a quantidade e tipo de fibras (micro e macro fibras de aço, fibras poliméricas e fibras de vidro).  Resultados: As misturas desenvolvidas foram caracterizadas em termos de propriedades diferidas: retração e fluência; e em termos de parâmetros de durabilidade: resistência à carbonatação, migração de iões cloreto, resistividade elétrica, absorção capilar e penetração de água sob pressão.  Conclusão: Os resultados demonstram que é possível minimizar o impacte económico e ambiental associado à produção do UHPC através da otimização da sua formulação, sem comprometer o desempenho exigido para a produção das cascas.

Biografia do Autor

Ana Rodrigues, Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)

Licenciada em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)

Hugo Costa, Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)

Doutor em Engenharia Civil pela Universidade de Coimbra e professor adjunto no ISEC.

Ricardo do Carmo, Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)

Doutor em Engenharia Civil pela Universidade de Coimbra e professor coordenador no ISEC

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Publicado

2023-06-01