Relação entre urbanização no entorno do Parque Estadual Do Rio Doce e o transbordamento de flebotomíneos, vetores de leishmania spp
Palavras-chave:
flebotomíneo, leishmaniose, PERD, transbordamento, urbanizaçãoResumo
Introdução: O Parque Estadual do Rio Doce (PERD) contém o maior remanescente de Mata Atlântica em Minas Gerais, apresenta diversidade de fauna, com possíveis reservatórios de patógenos que causam zoonoses, e grande diversidade de espécies de flebotomíneos, vetores do protozoário Leishmania spp. causador das zoonoses leishmaniose tegumentar e visceral, doenças de caráter silvestre, mas que atingem cada vez mais o meio urbano. Objetivo: Discutir a possível influência da interação da população com o PERD e a urbanização de seu entorno com a proliferação e transbordamento dos vetores de Leishmania spp. Metodologia: Revisão bibliográfica utilizando a plataforma de pesquisa Scielo. Resultados: Um estudo com captura de flebotomíneos no PERD, seu entorno e área urbana de Timóteo, mostrou menor presença de vetores de Leishmania spp. dentro da mata do PERD do que próximos à borda do parque, 54,36% deles capturados nos primeiros 300 metros do PERD que faz limite com área urbana de Timóteo e trilhas muito frequentadas por pesquisadores e visitantes, trazendo grande risco de infecção e desenvolvimento de leishmanioses. O entorno do PERD é uma região antropizada, urbanizada e endêmica para leishmaniose tegumentar, com forte presença humana e suas atividades, animais domésticos e áreas de cultivo, disponibilidade de abrigo e alimento para os flebotomíneos, assim como no meio urbano, fatores que favorecem a proliferação do vetor e o repasse sanguíneo. Conclusão: O processo de urbanização no entorno e interação da população com o PERD pode ter influência na proliferação e transbordamento dos vetores de Leishmania spp. para ambiente urbano por gerar um ambiente favorável a manutenção do ciclo de vida dos vetores, com abrigo, matéria orgânica e fontes de alimentação.
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