Impacto da vulnerabilidade socioeconômica, residencial e de saneamento com a incidência de leishmaniose visceral em regiões mais pobres

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Palavras-chave:

flebotomíneo, leishmaniose, saneamento, vulnerabilidade

Resumo

Introdução: Dos casos de leishmaniose visceral ocorridos na América Latina, 90% deles foram no Brasil. Está entre as dez doenças tropicais negligenciadas, ocorrendo maior risco entre a população mais pobre ou vulnerável. É uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania spp. que é transmitido pela picada da fêmea do artrópode flebotomíneo. Objetivo: Identificar a relação da vulnerabilidade socioeconômica, residencial e de condições de saneamento com a proliferação dos vetores e a transmissão de Leishmania spp. Metodologia: Revisão bibliográfica utilizando a plataforma de pesquisa SciELO. Resultados: O flebotomíneo possui hábitos normalmente crepuscular e noturno, são comuns em regiões tropicais e subtropicais e se desenvolvem em ambiente terrestre, sombreado, úmido e rico em matéria orgânica. A falta de saneamento básico ao redor das residências com falta de gerenciamento de resíduos ou com esgoto a céu aberto promovem deposição de matéria orgânica, aumentando locais de reprodução e estadia dos vetores, trazendo mais riscos à população que reside em locais sob essas condições. Além disso, as questões socioeconômicas de moradias com superlotação, facilita que os vetores hematófagos sejam atraídos, o que aumenta o risco de, tendo o vetor ingerido o sangue de animais infectados, realizar o repasse sanguíneo e liberar o protozoário, infectando a população humana da região. Conclusão: As vulnerabilidades socioeconômicas, residenciais e de condições de saneamento tem grande impacto na proliferação dos flebotomíneos por gerar condições favoráveis de reprodução e estadia destes vetores na região e, por consequência, trazer maior risco de transmissão da Leishmania spp., causadora da Leishmaniose Visceral.

Biografia do Autor

Thamires Gomes VIEIRA, UNIVALE

Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE).

Renata Bernardes Faria CAMPOS , UNIVALE

Doutora em Entomologa pela UFV e professora do curso de Engenharia Civil da UNIVALE

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Publicado

2025-08-22