AVALIAÇÃO DA RIGIDEZ DE LAJES MACIÇAS NA ESTABILIDADE GLOBAL DE EDIFÍCIOS ALTOS

Resumo

Introdução: Tradicionalmente as estruturas de concreto armado construídas no passado caracterizavam-se por serem robustas, com grande rigidez aos esforços horizontais. Esse fato, fez com que durante muitos anos, a verificação da estabilidade global fosse deixada de lado na maioria das construções. Dessa forma, procurou-se avaliar neste trabalho qual a contribuição da rigidez transversal das lajes para a estabilidade global de um edifício em concreto armado, para diferentes sistemas de contraventamento compostos por associações de pórticos com pilares paredes e/ou núcleos rígidos. Objetivo: Buscou-se investigar para os principais sistemas de contraventamento em edifícios de concreto armado, as influências quanto aos deslocamentos laterais e valores do parâmetro de instabilidade Gama z, considerando os parâmetros e critérios disponíveis no programa comercial Altoqi Eberick 2020, conforme as prescrições previstas na norma brasileira 6118:2014. Metodologia: O trabalho embasou-se na bibliografia técnica pertinente ao assunto e, para as análises computacionais das estruturas em estudo, utilizou-se o programa Altoqi Eberick 2020, verificando o seu comportamento global e esforços gerados na condição deformada. Resultados: Observou-se, pela análise dos resultados, que a participação das lajes na redução do parâmetro de instabilidade Gama Z foi inferior a 4%. Conclusão: As análises realizadas nesse estudo demonstraram que em edificações com sistemas de contraventamentos formado por associações de vigas e pilares em formato de pórticos, pilares paredes e/ou núcleos rígidos, as lajes maciças têm pouca influência, modificando pouco os resultados do parâmetro de instabilidade Gama Z e, consequentemente, os efeitos de segunda ordem. Com efeito, tais resultados nos instigam a concluir que as lajes têm papel importante na estabilidade de edifícios que não são aporticados, ou seja, edifícios constituídos por lajes planas.