IMPACTO DA POLUIÇÃO POR LAMA DE REJEITOS DE MINERAÇÃO SOBRE AS FORMIGAS DE ÁREAS CILIARES NO MÉDIO RIO DOCE

Autores

  • Daniela Carvalho Oliveira Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE)

Palavras-chave:

Formigas, rio Doce, vegetação, bioindicação

Resumo

Introdução: Em novembro de 2015, o sudeste brasileiro experimentou seu pior desastre ambiental em tempos recentes, e o pior desta natureza no mundo nos últimos 100 anos. A barragem de Fundão, de rejeitos de mineração de ferro, pertencente à Mineradora Samarco, em Mariana, MG, rompeu subitamente, descarregando 62 milhões de toneladas de rejeitos semissólidos que assolaram o distrito de Bento Rodrigues, e depois invadiram toda a Bacia do Rio Doce. A lama tóxica encheu canais navegáveis ao longo de todos os 663,2 km do Rio Doce até o oceano, destruindo biota aquática e ribeirinha, e outros recursos naturais insubstituíveis (Fernandes et al. em avaliação – Mine Water and the Environment). No alto Rio Doce, e nos afluentes imediatamente abaixo do acidente, toda a vegetação ciliar foi destruída, arrastada e o solo nativo coberto por espessa camada de lama. No médio Rio Doce, a pluma de lama percolou solo acima, contaminando as margens e as florestas ribeirinhas, mesmo que estas permaneçam intactas. Há perdas irreversíveis de biodiversidade e funcionalidade de ecossistemas. Objetivo: Avaliar impactos sobre a microfauna das áreas ciliares do Rio Doce afetadas pelo derramamento de lama vinda da barragem de rejeitos de mineração da SAMARCO. Metodologia: Os estudos serão conduzidos em oito áreas, pertencentes a regiões da Bacia do Rio Doce (Médio Rio Doce), será feito um estudo de campo com formigas indicadoras. Para a coleta de formigas serão plotados dois transectos de 250 metros de extensão em cada uma das áreas amostrais. Resultados: Espera-se compreender aspectos da distribuição de espécies de formigas associadas às áreas estudadas por meio da comparação da fauna das áreas afetadas pela lama com áreas controle, provenientes de nossos estudos prévios realizados dentro do mesmo ecossistema. Conclusão: Para a identificar os impactos dos rejeitos de mineração, a composição, riqueza e abundância de espécies de formigas coletadas nas áreas “com rejeito" serão comparadas com a composição, riqueza e abundância de espécies coletadas nas áreas “sem rejeito”.

Biografia do Autor

Daniela Carvalho Oliveira, Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE)

Graduanda em Engenheira Civil e Ambiental pela Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE).

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Publicado

2023-06-01