DESENVOLVIMENTO DO AEDES AEGYPTI EM ÁGUA CONTAMINADA POR REJEITOS DE MINÉRIO DE FERRO
Palavras-chave:
Proliferação, Água, ExperimentoResumo
Introdução: O trabalho resulta de um experimento científico relacionado a testar as capacidades de proliferação do mosquito Aedes Aegypt proposto na disciplina de Ecologia Básica e de Populações do curso de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Vale do Rio Doce. Objetivo: Verificar se há diferença no desenvolvimento do mosquito quando criado na água contaminada pela lama do rompimento da barragem de Fundão em 2015 e a água do Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE de Governador Valadares. Metodologia: Inicialmente, escolhemos um lugar próximo às margens do Rio Doce (Ilha dos Araújos) onde começamos a capturar os mosquitos; utilizamos ovitrampas (armadilhas) com 10 deles instalados no local com água do SAAE à distância de 1 metro entre cada. Após 1 semana retornamos ao local para a coleta dos potes, levamos todos para análise no laboratório de entomologia, onde anotamos o número de ovos que cada pote obteve, em seguida substituímos 5 das 10 ovitrampas por água do Rio Doce retiradas de sua margem perto da própria Univale, e as outras 5 continuaram com água tratada, esperando em seguida 1 semana para que os ovos eclodissem e os mosquitos nascerem e crescerem. Resultados: Foram vários dias de observação em laboratório, alimentação e averiguação do processo de proliferação; foi observado que todos nasceram no mesmo tempo e período, sem alteração em relação à água utilizada no experimento. Conclusão: Os resultados indicam que houve desenvolvimento de larvas igualmente nos dois tratamentos, e não houveram grandes diferenças na facilidade dos mosquitos de se desenvolverem na água tratada, ou na água contaminada por rejeitos de minério de ferro. O que se percebe é que nos mosquitos criados em água tratada, houve uma maior quantidade de fêmeas que conseguiram se desenvolver até a fase adulta comparando com os machos, sendo estas as transmissoras de doenças. É possível perceber que a presença de contaminantes na água do rio Doce não impossibilita nem atrapalha o desenvolvimento do mosquito vetor de doenças.
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