MEDICAMENTOS E SUA RELAÇÃO COM O BRUXISMO
Palavras-chave:
Bruxismo, Dopamina, PsicofármacosResumo
Introdução: O bruxismo é definido como uma atividade muscular repetitiva, manifestando-se pelo apertar ou ranger dos dentes e/ou segurar ou empurrar a mandíbula. Sobre a etiologia dessa condição, existem evidências que indicam sua relação com alterações na neurotransmissão do sistema nervoso central (SNC). Nesse sentido, diversas classes de psicofármacos que interferem no funcionamento do SNC podem induzir o bruxismo. Objetivo: Apontar os medicamentos e sua relação com o bruxismo. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando livros acadêmicos e artigos científicos, de 2013 a 2023 e nos idiomas português e inglês, obtidos nas plataformas Pubmed e Scielo. Foram excluídos trabalhos que fugissem do tema proposto, teses e dissertações, além dos publicados há mais de 10 anos. Conclusão: Através da análise dos dados, conclui-se que o bruxismo pode ser exacerbado por psicofármacos, como os antagonistas da dopamina (DA) ou suprimido por agonistas da DA, por meio de seus efeitos sobre os gânglios da base e vias dopaminérgicas. Os antidepressivos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRSs), por exemplo, causam o excesso de serotonina nas sinapses nervosas levando a um efeito inibitório na liberação de DA. Como a DA é um dos principais neurotransmissores envolvidos na regulação do controle motor, no centro gerador de padrões, estudos apontam a sua participação em desempenhar um papel central na patogênese do bruxismo através de sua depleção no SNC. Desse modo, o bruxismo pode ser visto como uma condição mediada centralmente e modulado por drogas que atuam sobre neurotransmissores do SNC, havendo uma forte evidência da relação entre psicoestimulantes que alteram as vias dopaminérgicas e o bruxismo.